quinta-feira, 26 de julho de 2012

Análise de Mercado - 26 de Julho de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo

Ainda não existe previsão de um parecer final para retomada das exportações.

A missão russa que vai visitar frigoríficos de suínos, aves e bovinos no País inicia as inspeções nesta terça-feira (24/7) pelo Rio Grande do Sul. Nesta segunda (23/7), os técnicos ficarão reunidos com autoridades e especialistas brasileiros em Brasília. Segundo o superintendente do Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul, Francisco Signor, ainda que já exista uma lista de empresas que serão visitadas, o roteiro pode ser alterado a qualquer momento. "É possível mais uma alteração, lá em Brasília. Eles estão modificando o roteiro o tempo todo", disse Signor. 

A comitiva russa, que ficará no Brasil por duas semanas, tem nove técnicos que se dividirão em grupos de três, para fiscalizar as unidades de suínos, aves e bovinos simultaneamente. No Estado do Rio Grande do Sul, por enquanto, o roteiro prevê começar pelo município de L ajeado (RS), onde a BRF Brasil Foods tem uma unidade de suínos e outra de aves. 

Na programação das inspeções nos três Estados do Sul está incluída a visita a três unidades gaúchas de suínos (além da BRF, a Alibem, em Santa Rosa e em Santo Ângelo), duas em Santa Catarina (Frigorífico Riosulense, em Rio do Sul, e Seara/Marfrig, em Itapiranga), e uma no Paraná (Kaefer, em Laranjeiras do Sul). De aves, devem ser duas unidades gaúchas (BRF, em Lajeado, e Frinal, em Garibaldi) e três no Paraná (Kaefer, em Cascavel, Cooperativa Agroindustrial, em Palotina, e Cooperativa Lar, em Matelândia). De bovinos, apenas um frigorífico consta do plano no Rio Grande do Sul (Frigorífico Silva, em Santa Maria). 

Signor acompanhará as visitas às unidades de suínos, apenas para dar apoio logístico à missão. "A previsão de um parecer final para a retomada das exportações ainda não existe", ressalta o superintendente. Após a visita aos Estados do Sul, a missão prevê a ida a unidades de carnes em Mato Grosso, Goiás e até algumas no Pará (bovinos). 

A expectativa é de que os grupos que acompanharão as inspeções sejam pequenos: além dos três russos, técnicos do serviço de inspeção de produtos de origem animal e um representante da empresa visitada. Nenhum dos representantes das principais associações de classe de suínos e aves (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína - Abipecs, e União Brasileira de Avicultura - Ubabef) vai acompanhar as visitas. (Agência Estado / Suino.com)
  • GO R$2,00
  • MG R$2,60
  • SP R$2,03
  • RS R$2,37
  • SC R$1,70
  • PR R$1,98
  • MS R$2,00
  • MT R$2,12

 Frango vivo

Como comentou ontem o AviSite, a reversão de preços do frango abatido na cidade de São Paulo começou antes do normal ou do que era esperado. Explicando:

Normalmente, o frango abatido abre o mês em alta, atingindo o pico de preços entre, aproximadamente, os dias 10 e 13 do mês, após o que há novo recuo das cotações até os dias derradeiros do mês, quando começa novo ciclo de altas (vide " Frango abatido: qual o melhor período de venda no mês?"). 

Pois em julho corrente essa reversão começou antes – vem desde a última segunda-feira, 23 e se manteve nos últimos três dias de negociações. Naturalmente, o processo ainda é tênue, sem maior significado econômico. Mas já sinaliza melhores condições de comercialização nos próximos dias.

Aliás, essa condição deve se estender também ao frango vivo. Pois, como relatou ontem a Jox Assessoria Agropecuária, já se observa, no momento, aumento de consultas sob re as disponibilidades para a próxima semana. E o ligeiro reajuste obtido pelo frango vivo na última terça-feira em Minas Gerais (onde o mercado permanece firme) é outro indicador de "mudanças à vista".

Mesmo assim, a avicultura de corte continua distante de seu ponto de equilíbrio – ainda que a tendência de alta possa ser constante decorrer do exercício. Assim, ainda que o frango abatido consiga repetir, em agosto vindouro, a cotação média alcançada um ano atrás (aliás, uma das melhores do ano que passou), os ganhos continuarão negativos porquanto, de lá para cá, as matérias-primas absorveram a maior parte do que o setor faturou.

Exemplificando, basta citar que embora os preços do milho estejam, no momento, menos de 20% acima daqueles registrados há um ano, os do farelo de soja já registram evolução superior a 130%. Enquanto isso o preço obtido pelo frango abatido neste ano sequer empata com o registrado em idêntico período de 2011. (Avisite)
  • SP R$1,80
  • CE R$2,45
  • MG R$1,85
  • GO R$1,85
  • MS R$1,85
  • PR R$1,90
  • SC R$1,90
  • RS R$1,90

Ovos

Com os mesmos preços para esta quinta feira, o mercado segue bem equilibrado em uma semana considerada fraca de vendas.

Tudo indica que a próxima semana (início de mês), o mercado volta a ficar desequilibrado, isto é, poucas ofertas e demanda forte. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$55,00
  • RJ R$60,00
  • MG R$65,00

Ovos vermelhos
  • MG R$68,00
  • RJ R$63,00
  • SP R$58,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 89,89, com a variação em relação ao dia anterior de 0,45%.  A variação registrada no mês de Julho é de -3,02%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 44,15.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$88,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$84,00
  • C. Grande MS R$86,00
  • Três Lagoas MS R$86,00
  • Cuiabá MT R$83,00
  • Marabá PA R$86,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 84,15. O mercado apresentou uma variação de 0% em relação ao dia anterior. O mês de Julho apresenta uma variação de 15,27%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 41,33. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$74,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$72,50
  • Mato Grosso (média estadual) R$71,00
  • Paraná (média estadual) R$84,15
  • São Paulo (média estadual) R$76,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$74,50
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$73,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$75,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 32,96 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,80% em relação ao dia anterior e de 36,93% no acumulado do mês de Julho. 

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 16,19. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$22,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$24,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$22,50
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$22,00
  • Paraná (média estadual) R$27,00
  • São Paulo (média estadual) R$32,96
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$30,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$28,50

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EUA defendem plano ambiental para redução da poluição do ar



A poluição atmosférica pode ser responsável por até 6 milhões de mortes por ano
  
A redução da fuligem e de outros poluentes do ar pode ajudar a "ganhar tempo" na luta contra a mudança climática, disse uma autoridade norte-americana na terça-feira, enquanto sete países se uniram a um plano ambiental liderado por Washington.

A poluição atmosférica, proveniente de fontes que vão dos fogões a lenha da África aos carros na Europa pode ser responsável por até 6 milhões de mortes por ano no mundo e ainda contribui para o aquecimento global, afirmou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Sete países - Grã-Bretanha, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália e Jordânia - uniram-se formalmente à Iniciativa para o Clima e o Ar Limpo, liderada pelos EUA, elevando o total de membros para cerca de 20 desde que o plano foi lançado em fevereiro.

"Se formos capazes de fazer isso, poderíamos de fato ganhar tempo no contexto do problema global de combater a mudança climática", disse em Paris o enviado especial adjunto dos EUA para mudança climática, Jonathan Pershing, em um briefing à imprensa por telefone.

Pershing afirmou que é preciso "desesperadamente" de tempo para desacelerar o aquecimento global. Diferentemente de outros países desenvolvidos, os EUA não aprovaram leis para cortar as emissões de gases de efeito estufa, apesar dos cortes propostos pelo presidente Barack Obama.

Pershing disse que o governo dos EUA está tentando atrair mais países para o projeto sobre poluição atmosférica, incluindo a China e a Índia, que estão respectivamente na posição um e três no ranking de emissões de gases de efeito estufa. Os Estados Unidos estão em segundo lugar.

O plano liderado pelos EUA em Paris concentra-se em impor limites à fuligem, ao metano, ao ozônio no nível do solo e aos gases HFC. A fuligem, por exemplo, é capaz de acelerar o derretimento do gelo do Ártico quando cai como um pó escuro que absorve mais calor e derrete o gelo.

A fuligem também provoca doenças respiratórias

Em contraste, os planos da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a mudança climática concentram-se principalmente no dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa liberado pela queima de combustíveis fósseis, aos quais se atribui um aumento na ocorrência de estiagens, inundações, incêndios florestais e a elevação do nível dos oceanos.

Fonte: Terra
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Faturamento de máquinas e implementos cresce 13% no 1º semestre



Destaque negativo fica por conta das exportações,que registraram queda de 3,4%

O faturamento do setor de máquinas e implementos agrícolas no primeiro semestrede 2012 foi de R$ 5 bilhões, o que representou um crescimento de 13% sobre os R$ 4,4 bilhões alcançados no primeiro semestre do ano passado. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (25), pelo Departamento de Economia e Estatísticada Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. 

Os dados registram também um declínio de 3,4% nas exportações do segmento de máquinas e implementos, que recuaram de US$ 466,7 milhões, no período janeiro a junho de2011, para US$ 450,7 em igual período deste ano. Já as importações do segmento apresentaram um aumento de 53,8%, saltando de US$ 247,6 milhões, entre janeiro e junho de2011, para US$ 381 milhões nos primeiros seis meses de 2012.

Na avaliação de Celso Casale, presidente da Câmara Setorial de Máquinas eImplementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq, o expressivo aumento das importações associado ao declínio das exportações é resultado de um antigo problema enfrentado pelo segmento: a baixa competitividade do produto brasileiro, que é decorrente da elevada carga tributária e da defasagem cambial que, apesar dos recentes ajustes, ainda castiga o produtor nacional. “Nossa desvantagem competitiva em relação aos fabricantes internacionais permanece na casa dos 40%, o que faz com que, a cada ano, se importe mais e se exporte menos”, diz Casale, acrescentando ser necessários e urgente uma ampla desoneração do segmento.

Ainda segundo os dados da Abimaq, os pedidos em carteira apresentaram um declínio de7,7%, caindo de uma média mensal de 3,78 semanas, em junho de 2011, para umamédia de 3,49 semanas agora em junho deste ano. O nível de utilização da capacidade instalada recuou de 84,3%, na média do mês de junho de 2011, para78,8%, na média de junho de 2012.

Fonte: Abimaq
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Goodyear diz que soja na composição aumenta vida útil do pneu



Segundo a empresa norte-americana, compostos de borracha feitos com óleo de soja aumentam a eficiência da produção 

A fabricante de pneus norte-americana Goodyear anunciou nesta terça-feira (24/7) que pesquisadores do centro de inovação da empresa descobriram que o uso de óleo de soja na fabricação de um pneu pode aumentar em 10% a vida útil do produto, além de reduzir o volume de óleo derivado de petróleo usado na produção para até sete milhões de galões por ano. 

A companhia informou ainda que testes na fábrica de pneus da Goodyear em Lawton, no Estado norte-americano de Oklahoma, mostraram que o uso de óleo de soja melhora a capacidade de mistura dos componentes. Segundo a Goodyear, os compostos de borracha feitos com óleo de soja misturam-se mais facilmente com a sílica utilizada na produção de pneus. Isso pode aumentar a eficiência da produção, reduzindo o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa. 

Os protótipos de pneus construídos em Lawton serão colocados à prova na área de testes da Goodyear em San Angelo, no Estado do Texas, nos próximos meses. Se o produto passar nos testes, a companhia projeta que os consumidores poderão adquirir pneus feitos com óleo de soja em 2015. O United Soybean Board (USB), organização dirigida por agricultores que supervisiona iniciativas ligadas à soja, está ajudando a financiar o projeto da Goodyear, com uma doação de US$ 500 mil. 

Fonte: Agência Estado
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Biocombustíveis colocam o Brasil entre os menores emissores de CO², sem considerar queimadas



Estudo da União Europeia sobre emissões globais de CO² no uso de combustível fóssil e produção de cimento, publicado no dia 18 de julho, mostra que o Brasil está muito bem na foto e colhe os frutos do seu exitoso programa de biocombustível iniciado nos anos 1970 com o Proálcool e diversificado com a implantação do programa brasileiro de biodiesel, há cinco anos.

O relatório europeu foi elaborado com base em dados de consumo de energia de 2009 a 2011. As estimativas são também baseadas nos dados de produção de cimento, cal, amônia e aço, e sobre emissões por países, de 1970 a 2008. A avaliação exclui emissões de CO² derivadas de desflorestamento e queimadas.

Os números brasileiros de emissão absoluta, per capita ou por unidade do PIB, são muito baixos. O Brasil tem uma das matrizes de energia mais limpas do planeta e se destaca no consumo de biocombustíveis, com volume próximo ao alcançado pelos 27 países da União Europeia. O Brasil consumiu de biocombustível (etanol e biodiesel), no uso de transporte terrestre, em 2011, 479.400 TJ. A União Europeia consumiu, no mesmo período, 555.120 TJ. Em termos per capita, o Brasil consumiu 2,44 TJ por habitante, mais que o dobro de 1,13 TJ registrada na União Europeia.

A explicação para esse bom resultado, além da existência do Proálcool, é que, desde meados dos anos 2000, temos o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Ao longo de cinco anos de mistura compulsória, a produção nacional de biodiesel cresceu a taxas próximas a 25% a.a., saindo de um total de 1,2 milhão de m³ em 2005 para 2,7 milhões de m³ em 2011. Ainda, segundo dados do Balanço Energético Nacional - BEN 2012, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, atualmente o biodiesel representa cerca de 1% do consumo final de energia no Brasil, levando-se em consideração a obrigatoriedade da mistura de 5% de biodiesel a todo o diesel fóssil consumido internamente.

Sinalizando para a continuidade e expansão do PNPB, tem-se atualmente a perspectiva de elevações graduais dos percentuais dessa mistura até o teor de 10% em 2020, fato este que deverá contribuir ainda mais para a diminuição das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.

Em relação às emissões de CO² per capita, derivadas de uso de combustível fóssil e produção de cimento, o Brasil ocupa a antepenúltima posição em uma lista de 25 países. Os primeiros dez países que mais emitem CO² per capita, segundo o estudo da União Europeia, são Austrália, EUA, Arábia Saudita, Canadá, Rússia, Coreia do Sul, Taiwan, Alemanha, Países Baixos e Japão.

O Brasil também tem boa classificação - 13º lugar - no ranking de 25 países no que diz respeito a emissões de CO² por país, derivadas de uso de combustível fóssil e produção de cimento, abaixo de China, EUA, UE (27 membros), Índia, Rússia, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Canadá, Indonésia e Arábia Saudita.

Os cinco principais emissores de CO² no uso de combustível fóssil e produção de cimento são China (participação de 29%), EUA (16%), UE (11%), Índia (6%), Rússia (5%) e Japão (4%).

As emissões de CO² por parte dos países da OCDE agora respondem por um terço das emissões globais, a mesma participação da China e da Índia, onde as emissões aumentaram, respectivamente, 9% e 6%, em 2011.

Os biocombustíveis contribuem efetivamente para a redução da emissão de carbono, e o Brasil é um exemplo prático da chamada economia verde e suas externalidades positivas.


Para maiores informações visitewww.biodieselbr.com