segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tabaco energético é aposta de lucro para o campo e mercado de biocombustíveis



Um projeto inovador, uma empresa em fase de implantação e uma enorme revolução nos conceitos de cultivo do tabaco. Pela primeira vez no Brasil em mais de 200 anos, a cadeia produtiva passa a enxergar a planta além da folha, com o aproveitamento da semente. Por meio da iniciativa, uma variedade da cultivar, chamada de tabaco energético, se transforma em matéria-prima para a produção de biocombustíveis, biomassa para energia térmica e farelo para ração animal. A primeira lavoura, com 10 hectares de área, foi implementada no município de Rio Pardo (RS) em novembro de 2011 e a colheita deve ser realizada até o final do mês de julho, de acordo com o economista Sérgio Camps, responsável pelo projeto no país.

Camps será o CEO da Sunchem South Brazil, fruto de uma parceria entre a empresa italiana de biotecnologia Sunchem e a M&V Participações, que tem sede em Porto Alegre (RS). A organização deve ser fundada oficialmente no segundo semestre deste ano e também será sediada na Capital gaúcha. O profissional leva na bagagem a experiência de quatro anos à frente da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), entre 2007 e 2010. Ex-produtor rural, também conhece a rotina no campo.

"No período em que fui presidente da CEEE, tive contato direto com produtores de fumo e sei que o agricultor precisa gerar mais renda. O Brasil está comprometido com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (CQCT-OMS) para criar alternativas ao cultivo da folha. Então, vamos estimular os fumicultores a plantar também o tabaco energético na diversificação das lavouras" aponta.

A semente não pode ser utilizada para a fabricação de cigarros, uma vez que possui baixo teor de nicotina. É, no entanto, rica em óleo, com 40% da substância em sua composição, segundo Camps. O número é superior ao de oleaginosas tradicionais, como a soja, que, conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja), tem 18%.

Outra vantagem apontada pelo economista é a produtividade. Dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) revelam que a plantação de fumo tradicional produz cerca de duas toneladas por hectare ao passo que, segundo Camps, o tabaco energético chega a render entre seis e 10 toneladas por hectare. Ele acrescenta que os benefícios da cultivar também estão em fase de consolidação no Exterior – em especial na Itália e Estados Unidos – e tem patente registrada em mais de 50 países.

"Hoje, 85% do biodiesel produzido no mundo é proveniente da soja, que é um alimento. O tabaco pode servir para esse tipo de demanda, sem interferir no mercado de alimentos. Essa é uma das maiores qualidades desta matéria-prima, que tem valor estratégico para o Brasil e para o mundo" argumenta.

A produção do tabaco energético em escala comercial no país está prevista para meados de 2014, com a construção de uma indústria com capacidade para esmagar aproximadamente 250 mil toneladas da semente por ano. Conforme o executivo, o investimento total para a consolidação do projeto é estimado em R$ 20 milhões, dos quais pelo menos R$ 2 milhões já foram desembolsados. A lavoura experimental também deve ser ampliada consideravelmente. Camps diz que a ideia é aumentar a plantação de 10 para mil hectares já no ano que vem.

Os planos para o futuro da produção envolvem ainda a expansão para Santa Catarina e Paraná, sem prazo definido, e também para a região do Cerrado, que, de acordo com o economista, também tem potencial para o cultivo do tabaco energético. Em relação à comercialização, ele informa que há grande potencial no mercado interno, além de haver empresas estrangeiras que já sinalizaram interesse.

Inovação e parceria no campo

A forma de cultivo do tabaco energético é semelhante à do tradicional. Camps pontua, no entanto, uma diferença crucial no manejo: a colheita mecanizada.

"Vamos quebrar paradigmas. A técnica, que é dominada há séculos, continuará a mesma, mas com a colheita por meio de máquinas. Isso é uma vantagem e vamos orientar os produtores neste sentido. A partir de 2013, devemos implantar o sistema integrado, entregando sementes para a obtenção das mudas e garantiremos a compra de toda a produção. A diversificação é indispensável para reduzir a dependência que o agricultor tem do fumo e isso é possível com o tabaco energético" ressalta.

A ideia da nova alternativa é vista com otimismo pelo presidente da Afubra, Benício Werner. Ele acredita que, além de ser uma oportunidade de ampliar as práticas sustentáveis na fumicultura, a produção de tabaco energético tem grande potencial para geração de renda.

"Essa variedade tem uma produtividade altamente superior. Além disso, pode suprir uma demanda de biocombustível que hoje é atendida por vegetais e alimentos nobres, como o girassol. Tem muitas particularidades positivas também no sistema de plantio, como a praticidade, uma vez que o produtor só vai precisar retirar as sementes, sem ter que dedicar todo o tratamento delicado que é necessário com a folha" opina.

Werner afirma também estar confiante da adesão dos fumicultores à novidade.

"Vamos apoiar esse projeto e iniciar também a produção de forma experimental. Estamos destinando uma área da Afubra para essa experiência e preparando nossa usina para processar a semente. Os agricultores terão todo o suporte necessário e mesmo a introdução da mecanização da colheita é um desafio que devemos superar de forma tranquila, frente a tantos benefícios" diz.

Os testes realizados até o momento revelaram que a cultivar é resistente ao clima do Sul do país, incluindo o período de temperaturas mais baixas. A safra pode ser sincronizada com o ciclo do fumo, com duração de 120 a 250 dias. A colheita, conforme a estimativa de Camps, deve ser realizada em três etapas de corte por planta, iniciando pela parte superior, para extração das sementes.

Autora: Mary Silva
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Eventos em MS e GO abordam o desenvolvimento sucroenergético



A produção de açúcar será elevada em 5,72%, com expectativa de atingir 1,67 milhões de toneladas 

A safra 2012/2013 de cana-de-açúcar deverá ter aumento de 11,7% em Mato Grosso do Sul, chegando a 37,8 milhões de toneladas segundo estimativas da Associação dos Produtores de Bioenergia de MS(Biosul). Consequentemente, a produção de etanol, que detém 63% do mix de produção, deverá crescer 26%, chegando a dois bilhões de litros. A produção de açúcar será elevada em 5,72%, com expectativa de atingir 1,67 milhões de toneladas. 

Além do açúcar e álcool, a bioeletricidade se consolida como terceiro produto oferecido pelas usinas. O estado entregou para o sistema interligado nacional 1.100 GWH em 2011, o que representa segundo a Biosul quase o dobro do consumo de todo o setor industrial no ano anterior, que foi de 638 Gigawatt-hora. Para 2012, a expectativa é elevar em 18% a cogeração de energia, chegando a 1.300 Gwh.

As perspectivas e demandas geradas pelo crescimento do setor sucroenergético no Estado e na região Centro-Oeste serão abordadas em eventos realizados em Mato Grosso do Sul e Goiás. A Federação da Agricultura e Pecuária de MS fará na próxima terça-feira (17) o lançamento do Canacentro e do Canasul, dois eventos planejados para fomentar este que se mostra um dos mais promissores segmentos do agronegócio da atualidade. 

O 1º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central (Canacentro 2012) será realizado em Goiânia, nos dias 15 e 16 de agosto. Realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e Sifaeg/Sifaçúcar, o evento vai discutir a sustentabilidade da produção sucroenergética com produtores independentes, indústrias e governos, reunindo todos os elos envolvidos na cadeia produtiva. O país produz hoje mais de 571 milhões de toneladas.

O 6º Canasul será realizado em Dourados, de 22 a 24 de outubro de 2012, no Sindicato Rural do município. Vai reunir pesquisadores e empresários dos segmentos agrícola, metal mecânico e biocombustíveis. O evento é uma realização da Prefeitura Municipal de Dourados, da Famasul, Biosul e Seprotur. 

O lançamento dos dois eventos – Canacentro e Canasul – acontecerá na sede da Famasul, na terça-feira (17), às 8h30, e terá presença do prefeito de Dourados, Murilo Zauith.

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Baixa remuneração desacelera novamente produção de leite em SP



Assim como em maio e junho, julho deve ter nova queda no volume produzido

A produção de leite no estado de São Paulo deve apresentar nova redução em julho, segundo estimativas da Associação dos Produtores de Leite B do estado. Desde maio, os pecuaristas leiteiros vêm reduzindo a produção em função da baixa remuneração que estão tendo com a venda do produto. 

Segundo o presidente da entidade, Jorge Rubez, os produtores têm recebido quase 5% a menos no valor do litro do leite em pleno período de entressafra, mas os custos de produção se mantêm elevados. “Em alguns estados, como em São Paulo, o litro do leite caiu de cerca de R$ 0,90 para aproximadamente R$ 0,85”, afirma. 

Em maio, o índice do Custo Operacional Efetivo (COE), calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Esalq/USP, registrou o maior patamar desde o início da série, em janeiro de 2008. Em relação a maio do ano anterior, a alta no COE foi de 8%. 

O Brasil produz cerca de 31 bilhões de litros de leite ao ano. Toda a produção é destinada ao mercado interno, que é complementado pela importação de leite no Mercosul – principalmente Argentina e Uruguai. 

O consumo per capita de leite está chegando aos níveis esperados pela indústria, que seria de 200 litros/percapita/ano. Nos últimos 15 anos, o consumo da bebida quase dobrou, passando de 90 litros/percapita/ano aos atuais 170 litros/percapita/ano. 

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Alta do milho devido ao clima seco nos EUA preocupa cadeia de carnes



Relatório da agência Fitch aponta preocupação dos investidores com a alta no custo de ração

O calor excessivo e o clima seco nos Estados Unidos devem renovar as preocupações com a inflação dos alimentos, principalmente da proteína animal, afirmou nesta sexta-feira (13) a agência de ratings Fitch em relatório.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) disse nesta semana que a produção de milho cairia 12% neste mês. Essa queda, num contexto de oferta apertada, está causando preocupações entre os investidores, segundo a Fitch.

De acordo com a agência, as condições climáticas desfavoráveis nos estados do chamado cinturão do milho causaram seca e prejudicaram as lavouras no período vital de polinização, que melhora a produtividade. A Fitch prevê que as condições continuem desfavoráveis, pois o índice de umidade da lavoura dos Estados Unidos sugere pouco alívio no curto prazo.

Os mais afetados por qualquer alta sustentada do grão devem ser produtores e processadores de frango, carne bovina e suína, disse a agência, pois haverá um aumento dos preços da ração para os animais, o que representa 40% dos custos de produção.

Mesmo havendo uma substituição do milho pelo trigo e outros grãos na ração, as empresas de proteína animal continuam sendo as maiores compradoras de milho, o que as torna mais sensíveis a oscilações de preço. Essas empresas já estão operando com margens menores de lucros ante outras empresas de alimentos, o que as obriga a passar uma parte do aumento de preço aos consumidores, segundo a Fitch.

A agência acredita que o processo de definição de preços pode se tornar muito difícil porque a taxa de desemprego do país ainda é alta e há desaceleração do crescimento econômico, apesar das condições de oferta apertada e exportações relativamente fortes.

As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado
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Ações da Fibria sobem mais de 2%



As ações preferenciais da Klabin também operavam no campo positivo

As principais ações do setor de papel e celulose terminaram a primeira etapa do pregão da BM&FBovespa em alta, refletindo a divulgação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, em linha com as expectativas do mercado, de 7,6%. As ações da Fibria (FIBR3) lideravam as valorizações e subiam 2,02%, a R$ 15,12. Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) da Fibria (FBR) tinha ganhos de 2,76%, a US$ 7,43.

As ações preferenciais da Klabin (KLBN4) também operavam no campo positivo e subiam 1,83%, a R$ 8,86. As preferenciais da Suzano (SUZB5) avançam 1,48%, a R$ 4,11.

Fonte: CMA
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Tempo chuvoso predomina no Sul e Sudeste nesta segunda



Temperaturas entram em elevação na maior parte do país

CONFIRA A PREVISÃO PARA ESTA SEGUNDA, DIA 16

SUDESTE

O tempo fica instável e com presença de muita nebulosidade em grande parte da região. A chuva vai ocorrer, ainda, de forma fraca e atingirá principalmente o sul e metade leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e sul e leste de Minas Gerais. O frio continua perdendo intensidade ao amanhecer e as temperaturas mais baixas devem ser registradas sobre a Serra da Mantiqueira, entre São Paulo e Minas Gerais, com mínima que chega aos 5°C. Durante a tarde as temperaturas permanecerão baixas na maior parte das localidades. Apenas no noroeste de Minas Gerais é que vai fazer calor e a máxima ultrapassa os 26°C.

SUL

As instabilidades ganham mais força sobre a região e se propagam sobre o Paraná, deixando o tempo mais nublado e com chuva leve ao longo do dia, na maior parte das localidades. Chuviscos ocorrem também entre o litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já no interior do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina o tempo permanece seco e com sol entre muitas nuvens ao longo do dia. O frio perde um pouco de intensidade no interior da região, mas na Serra Geral as temperaturas ainda seguem baixas, ficando negativas durante a madrugada. Durante a tarde as máximas não ultrapassam os 17°C na maior parte da região.

CENTRO-OESTE

Depois de um mês de tempo seco, volta a chover nesta segunda em Goiás e no Distrito Federal. Esperam-se chuvas com baixo acumulado e na forma de pancadas isoladas. Áreas de instabilidade atingem também o sul de Mato Grosso do Sul, onde voltam a ocorrer pancadas isoladas de chuva. No restante da região, o tempo permanece seco e com sol na maior parte do dia. O frio ainda persiste ao amanhecer sobre o sul de Mato Grosso do Sul, onde a mínima segue abaixo de 10°C e a tarde a máxima não passa dos 17°C nesta região. Já em Mato Grosso faz calor, com máxima acima de 32°C.

NORDESTE

A previsão é de chuva forte para o extremo sul da Bahia. Pancadas de chuva mais fracas atingem a faixa leste da região e o norte do Maranhão e do Piauí. No interior, as condições do tempo não mudam e segue fazendo sol e calor.

NORTE

A chuva enfraquece na costa do Pará e Amapá, mas permanece forte na faixa entre o noroeste do Amazonas, Roraima e parte do Pará. No sul da região o sol prevalece entre poucas nuvens e ocorrem pancadas isoladas e de fraca intensidade sobre o Acre e Rondônia. As mínimas permanecem superiores a 20°C em toda região, mas as máximas sofrem um leve declínio, ficando próximas aos 32°C.

Fonte: SOMAR
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